Alinne Rosa apresenta novo álbum e revela aposta para o Carnaval 2026 em entrevista ao Portal Sintoniza.
Alinne Rosa lançou recentemente o álbum “As Canções que Ela Fez Pra Mim” e, em entrevista exclusiva ao Portal Sintoniza, falou sobre os detalhes do novo projeto. A cantora comentou o processo de concepção do trabalho, destacou as faixas que mais representam esse momento da carreira e revelou em qual música aposta como forte candidata a hit do Carnaval 2026. Confira a entrevista completa.
1. Como foi trabalhar a fusão entre samba-pop, afrobeat, reggae leve e axé dentro do EP?
Foi muito massa. Eu sempre fui uma artista que ouve muitas referências de diversos estilos, e dessa vez me permiti experimentar ainda mais na minha propria obra. O samba-pop, o afrobeat, o reggae leve… tudo isso conversa com o axé, que é minha base. Então, ao invés de pensar em “juntar estilos”, eu fui sentindo o que cada música pedia. Deixei que os ritmos me guiarem e o resultado é muito honesto com o meu momento.
2. Juntos, os dois EPs formam seu segundo álbum de estúdio. Como você pensou essa divisão entre “o que eu fiz para ela” e “o que ela fez para mim”?
A divisão nasceu de um processo interno meu. Primeiro, precisei olhar pra dentro, minhas dores, minhas curas, meus afetos. Isso virou “As canções que eu fiz pra ela”. Depois, senti vontade de expandir, de olhar pra rua, pro verão, pro trio. A segunda parte é esse movimento de abertura, de troca, de dar de volta tudo que a Bahia me trouxe. É quase como dois lados da mesma conversa.
3. Como foi vivenciar o processo de voltar às composições, produções e gravações após os desafios enfrentados com a depressão?
Foi transformador. Voltar a criar foi um momento muito bacana do meu processo de reencontro comigo mesma. Eu me permiti ir no meu tempo, respeitar meu silêncio, e isso se refletiu muito no projeto. Hoje sinto que estou vivendo uma fase em que posso ser mais honesta comigo mesma, e isso mudou completamente minha relação com a música.
4. O EP apresenta influências que vão do samba-pop ao afrobeat, passando por reggae e mantendo o DNA do axé. Como foi construir essa mistura de ritmos?
Foi uma brincadeira boa! Eu trouxe referências que sempre amei, mas que nem sempre tinha explorado na minha carreira. Misturar essas influências com o axé, que é minha identidade, fez tudo ganhar um toque muito meu.
5. “Acredite no Seu Axé” marcou um ponto de virada importante para você. Como essa música influenciou o caminho até chegar ao novo EP?
“Acredite no Seu Axé” foi o pontapé emocional desse novo ciclo. Essa música é muito importante pra mim. Ela me lembrou quem eu era, o que essa música significa pra mim e porque eu faço isso. Meu público abraçou essa faixa, entendeu meu momento, e foi ela que abriu as portas pra esse álbum de inéditas.
6. Você enxerga este EP como uma forma de agradecer ou homenagear sua trajetória?
Com certeza. Acho que ele é uma celebração da minha história e das minhas raízes, mas também um agradecimento pelo caminho. Pelas pessoas, pelos encontros, pelos fãs que ficaram comigo em todas as fases, pelas diversas mensagens que recebi nesse período.
7. Qual faixa você acredita que tem mais potencial de se tornar um hino do Carnaval?
“Canto Carnaval”, sem dúvida. Ela nasceu pra rua. Em todo o processo de produção dela, eu senti aquele arrepio de avenida, de trio, de coro. É uma música que tem verdade, que fala direto com quem ama o carnaval da Bahia. E agora, com o clipe, acho que ela ganha ainda mais força pra se tornar esse hino.
A entrevista foi conduzida pelo editor-chefe do Portal Sintoniza, Paulo Desidério.
Fotos: Divulgação.
